História de Pocrane

História de Pocrane

O singular nome dado a essa cidade, foi homenagem ao índio botocudo de nome Pockrane que viveu por essas terras, entre os anos de 1831 e 1837 veio habitar no território da cabeceira do ribeirão que ficou conhecido pela denominação de Pocrane, o índio que tinha este nome, pertencente a família dos Botocudos que habitavam o Vale do Rio Doce, catequisado pelo sertanista Guido Thomas Marliére, que desde 1824 vinha dirigindo o serviço de catequese daquela região, sediado em Santana do Affiére, Município de São Domingos do Prata. O índio tendo conhecimento da existência de outras tribos no lugar hoje denominado Pocrane, para lá se transferiu, vindo de Cuieté. Ao chegar conseguiu sobrepor-se aos outros índios, passando a chefiar a Tribo local dos Coroados. Permaneceu na região até 1843, de onde migrou para o Município de Antônio Dias, no qual faleceu em 1844.
No ano de 1843, Manoel Antônio de Souza desceu o Rio Manhuaçu para assinalar posses de terras e alcançou a barra do Rio José Pedro, por onde subiu até alcançar o ribeirão cujo nome seria mais tarde o de Pocrane. Ali marcou posses atingindo as terras dominadas pelo índio Pockrane. As terras que Manoel Antônio de Souza posseava começavam na Serra da Cresciúma e findavam nas matas pertencentes à Tribo do Coroados. As posses por Manoel Antônio de Souza demarcadas, foram vendidas para Antônio Dutra de Carvalho, conhecido pelo apelido de Dutrão.
Aproveitando-se da ausência do índio Pockrane, que migrara para o Município de Antônio Dias, Manoel Antônio de Souza tomou posse de outra parte das terras dos índios Coroados. Após o falecimento de Manoel Antônio de Souza, sua viúva vendeu as terras ao Tenente Francisco Ferreira, o qual adquirindo outra glebas requereu a legitimação de uma sesmaria que deu o nome de Bom Retiro.
Nessa mesma época, Antônio Justiniano Monteiro Godoy adquiriu posses de Francisco Henrique e João Francisco Henrique (índios catequisados pelo índio Pockrane) no lugar conhecido por Córrego da Bananeira, requerendo em seguida a legitimação de uma sesmaria a que deu o nome de São Mateus. Tais sesmarias, atualmente desmembradas, limitam-se com a cidade de Pocrane.

Mesmo com a invasão de suas terras, Pokrane não hostilizou os brancos, passando a fornecer-lhes mantimentos e a prestar-lhes ajuda. Em 1879, a região foi elevada a freguesia paroquial pertencendo a Vermelho Novo, da paróquia de Ponte Nova.

Um ano depois, recebeu a categoria de distrito policial, com o nome de Nossa Senhora da Penha do Pokrane, passando a fazer parte de São Lourenço do Manhuaçu. Em 1887, o nome foi alterado para Pokrane e, em 1911, para Pocrane.

Em 1948, foi criado o município, desmembrado do município de Ipanema.

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